Filho de Trump visita Groenlândia após pai reafirmar interesse pela ilha

Filho do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump Jr. chegou à capital da Groenlândia, Nuuk, nesta terça-feira (7) para uma visita privada, poucos dias depois de seu pai, Donald Trump, reafirmar o interessa pela ilha rica em recursos.

Trump Jr. chegou a bordo do avião particular do pai, o “Trump Force One”, por volta das 13h (horário local).

A expectativa era de que a visita a Nuuk, que passa por um inverno rigoroso, com temperaturas abaixo de zero, durasse entre quatro e cinco de horas. Nenhuma reunião havia sido agendada com funcionários do governo, segundo um representante local ouvido pela agência de notícias Reuters.

“Não, eu não vou comprar a Groenlândia”, afirmou Trump Jr. em um podcast na segunda-feira (6), em alusão às recentes declarações de seu pai. “Ironicamente, estou indo à Groenlândia apenas para uma viagem pessoal de um dia.”

A Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, geograficamente faz parte do continente norte-americano. Sua capital, Nuuk, está mais próxima de Nova York do que da capital dinamarquesa.

Ainda na segunda-feira, o presidente eleito Donald Trump fez elogios à ilha em seu perfil na plataforma Truth Social, onde prometeu “fazer a Groenlândia grande novamente”, em referência a seu principal slogan de campanha.

“A Groenlândia é um lugar incrível, e seu povo vai se beneficiar de forma tremenda se, e quando, ela se tornar parte da nossa nação”, escreveu.

Trump adicionou que seu filho estava visitando a Groenlândia para ver “alguns dos locais e vistas mais magníficos”.

Em 2019, Trump adiou uma visita agendada à Dinamarca após a primeira-ministra Mette Frederisken repelir sua ideia de os Estados Unidos comprarem a Groenlândia.

Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro, já sinalizou que deve buscar uma política externa irrestrita por sutilezas diplomáticas. O americano já ameaçou tomar o controle do Canal do Panamá e afirmou no mês passado que o controle da Groenlândia pelos Estados Unidos é uma “necessidade absoluta”.

A Dinamarca, aliada próxima da Otan, viu as relações com a Groenlândia piorarem nos últimos anos, após a revelação de más condutas por parte da antiga metrópole colonial.

O primeiro-ministro da Groenlândia Mute Egede declarou que a ilha não está à venda, mas subiu o tom em seu discurso de Ano Novo ao falar sobre a independência em relação à Dinamarca.

Nesta terça, a premiê dinamarquesa Frederiksen afirmou ao canal de televisão TV2 que “precisamos de uma cooperação muito próxima com os americanos”.

“Por outro lado, eu gostaria de encorajar todos a respeitarem o fato de que os groelandeses são um povo, é o país deles e apenas a Groenlândia pode determinar e definir o futuro da Groenlândia”, adicionou.

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