Vídeo de gata viraliza ao passear de coleira em shopping no interior de SP e comer brócolis: ‘Sociável e hiperativa’


A felina Beatriz é um exemplo de superação e peculiaridade para os tutores, que moram em São José do Rio Preto (SP). Nesta segunda-feira (17), é celebrado o Dia Mundial do Gato. Vídeo de gata viraliza ao passear de coleira em shopping de São José do Rio Preto
Dócil, valente e sagaz. É dessa forma que a gatinha Beatriz é descrita pela tutora. A felina, de apenas um ano, ficou conhecida na internet após ser filmada passeando em um shopping de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, de coleira e totalmente confortável com a situação. Além disso, o animal não dispensa frutas e brócolis na hora das refeições.
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A imagem (assista acima) foi publicada nas redes sociais da comportamentalista Bruna Salino e mostra o momento de descontração entre ela, o esposo Felipe Ribeiro e Beatriz. Até a tarde de sexta-feira (14), o vídeo já somava dois milhões de visualizações e mais de 2.200 comentários no Instagram.
Beatriz ama fazer passeios em locais públicos de São José do Rio Preto (SP) junto com os tutores
Arquivo Pessoal
Ao g1, a comportamentalista conta que conheceu o animal ainda filhote, aos 45 dias de vida. Beatriz foi encontrada na rua e precisava de um lar. Debilitada, ela desenvolveu Peritonite Infecciosa Felina (PIF), uma doença que pode levar à morte, e precisou de atendimento veterinário (entenda abaixo).
Bruna iniciou uma campanha contra o tempo e, por meio de duas rifas, conseguiu pagar o tratamento da gatinha. Depois disso, o amor falou mais alto, e ela decidiu que precisava ficar com o animal.
Desde então, sempre estimulou o bichinho a manter hábitos saudáveis. Entre eles está a caminhada. O uso da coleira é uma forma de evitar que o animal se distancie dos donos.
“Sempre estimulei o uso da coleira e o passeio de carro. Como trabalho com comportamento de felino, sei a importância da socialização para os gatos. Ela sempre foi muito exploradora e fica bem confortável fora de casa”, conta Salino.
A gatinha Beatriz e os tutores que moram em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo Pessoal
Por ser um comportamento incomum para animais da espécie, os passeios da gata se tornaram motivo de espanto, principalmente em locais públicos. Bruna e o esposo são parados com frequência por muitas pessoas curiosas.
“O passeio é importante para controlar o nível de energia. As pessoas ficam apaixonadas por ela. Beatriz é uma gata muito sociável e hiperativa”, explica Salino.
Gatinha Beatriz em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo Pessoal
A médica veterinária Mariana Falcochio, especialista em felinos, explica que os gatos não gostam de frequentar ambientes com grande concentração de pessoas porque são territorialistas. A maioria deles sofre quando sai do ambiente doméstico. Uma adaptação que requer cuidados e muita atenção por parte dos responsáveis pelo bichinho.
“A maioria deles não está acostumada a explorar ambientes tão movimentados quanto um shopping. Diferente dos cães, que tendem a se adaptar melhor a situações externas e aglomerações, os felinos preferem ambientes familiares e controlados. Isso acontece porque o território é essencial para a segurança e o bem-estar do gato – ele conhece cada canto, cada cheiro e cada som de casa, o que evita o estresse”, explica Mariana.
Nesta segunda-feira (17), Dia Mundial do Gato, Bruna diz que só tem a agradecer por poder cuidar de Beatriz. À época, ela achou que fosse perder o animal após descobrir a gravidade da doença.
“É emocionante ver o quanto ela está saudável e feliz. Lutamos meses contra a doença que ela desenvolveu. Ver a Beatriz curada e aproveitando os passeios é muito importante para a nossa família. Ela é um exemplo de que a PIF tem cura e que gatos são parceiros incríveis e podem aprender muitas coisas”, finaliza Bruna.
Beatriz e a dona Bruna Salino em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo Pessoal
A PIF é uma doença causada por um vírus chamado coronavírus felino. Esse vírus é comum e, na maioria dos gatos, não causa grandes problemas, mas, em alguns casos, ele pode sofrer uma mutação e tornar o quadro de saúde do animal mais grave.
“Não é o mesmo coronavírus de humanos e, até pouco tempo, a PIF era considerada fatal, mas hoje existem tratamentos que podem ajudar muitos gatos a sobreviver e viver bem. O diagnóstico e o tratamento precoce fazem toda a diferença”, explica Falcochio.
A gatinha Beatriz ama comer brócolis em São José do Rio Preto (SP)
Arquivo Pessoal
Além de ser um exemplo de sobrevivência e peculiaridade, Beatriz também desenvolveu outros hábitos incomuns para o mundo dos felinos. Ela ama frutas e não dispensa um pedaço de brócolis (veja vídeo abaixo). Apesar de gostar de alimentos naturais, a gatinha faz as principais refeições do dia se alimentando de ração e petiscos.
“Não é muito comum. Gatos são carnívoros e a base da alimentação deles deve ser de proteína animal. Algumas frutas e vegetais podem ser oferecidos como petiscos, mas sempre em pequenas quantidades e nunca substituindo a ração ou uma dieta balanceada”, aconselha a veterinária.
Beatriz em um dos passeios com o tutor
Arquivo Pessoal
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