UBS retoma venda da gestora de real estate do Credit Suisse

O UBS está retomando a venda da gestora de investimentos em imóveis do Credit Suisse no Brasil, como parte de uma simplificação da operação brasileira após a fusão dos dois bancos, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto, conforme relatado pelo Brazil Journal.

Essa gestora de investimentos em imóveis do Credit Suisse possui um portfólio com mais de R$ 10 bilhões em ativos sob gestão. É importante esclarecer que essa gestora não deve ser confundida com a CS Evolution, que é a gestora de renda fixa, multimercados e ações do banco, responsável por outros R$ 14 bilhões sob gestão e que não está envolvida no processo de venda.

A gestora em questão administra pelo menos oito fundos imobiliários listados na Bolsa, com uma taxa média de administração de 0,80%. Entre eles estão o HGLG11, o maior Fundo de Investimento Imobiliário (FII) logístico do Brasil, com um patrimônio de R$ 3,5 bilhões; e o HGRU11, um fundo de renda urbana com patrimônio líquido de R$ 2,4 bilhões.

Investidores estimam que a gestora tenha uma receita de cerca de R$ 80 milhões e um lucro líquido superior a R$ 30 milhões.

O processo de venda foi iniciado no final do ano passado, antes da fusão entre UBS e Credit Suisse. Após a fusão, o processo está sendo retomado e agora é liderado pelo UBS BB, que já está em contato com potenciais interessados.

É importante esclarecer que essa transação não faz parte de uma venda mais ampla de ativos do UBS no Brasil. Trata-se apenas de um desinvestimento pontual, pois a área nunca foi o foco principal do banco.

O UBS pretende direcionar todos os seus esforços para o que sempre foi, de longe, a principal fonte de receita do Credit Suisse: a operação de gestão de patrimônio (wealth management).

Após a combinação entre os dois bancos suíços, o UBS agora possui um impressionante montante de R$ 1 trilhão de ativos familiares sob gestão na América Latina.

O passivo da gestora de investimentos em imóveis é altamente qualificado, uma vez que advém principalmente de famílias de alto patrimônio líquido que investem no wealth management do Credit Suisse.

Portanto, para preservar o valor e a reputação da franquia, o UBS precisará levar em consideração o nome e o histórico dos potenciais compradores no setor. Outra consideração importante é como o UBS abordará os compradores que são concorrentes diretos do seu próprio negócio de gestão de patrimônio, uma vez que o comprador terá inevitavelmente acesso à base de clientes privados do banco.

Na Faria Lima, há apenas um seleto grupo de players capazes de oferecer os recursos financeiros necessários para essa transação, incluindo o BTG Pactual, XP, Pátria e Vinci Partners. A Jive também está interessada, mas devido à participação de 23% da XP na gestora, surgem dúvidas sobre se uma eventual oferta seria feita pela Jive ou pela própria XP.

Outros interessados incluem a Kinea, o braço de private equity do Itaú, bem como a Hedge, a gestora de ativos imobiliários liderada por André Freitas.

André Freitas, um dos fundadores da Hedging-Griffo, está em uma posição vantajosa devido aos 15 anos que liderou a área de FIIs no Credit Suisse. Ao fundar a Hedge, ele conseguiu transferir para sua nova gestora alguns dos fundos anteriormente administrados pelo Credit Suisse.

Outra figura bem informada sobre o ativo é José Olympio Pereira, ex-presidente do Credit Suisse e atual CEO do banco de atacado do Safra, o que poderia despertar o interesse de David Safra no ativo.

Fonte: Brazil Journal

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