‘Não descartamos nenhuma linha de investigação’, diz delegado sobre morte de avó e neta no PR


Delegado diz que ainda não existe linha de investigação consolidada ou suspeito. Celulares e imagens de câmeras estão sendo analisados e nove pessoas foram ouvidas. Delegado fala sobre o andamento das investigações do assassinato de avó e neta no PR
Em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta terça-feira (25), o delegado Vitor Dutra disse que não descarta nenhuma linha de investigação sobre o assassinato de Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e da neta dela, Ana Carolina Almeida Anacleto, de 11. Assista acima.
As duas foram encontradas mortas dentro de casa, em Jataizinho, no norte do Paraná, no último sábado (22). Corpos da avó e da neta estavam com sinais de violência, lenços amarrados no pescoço e cobertas por um edredom, ao lado de uma mensagem escrita com sangue na parede. Relembre abaixo.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
O delegado informou que ainda não há uma linha de investigação consolidada. Até o momento, nove pessoas já foram ouvidas, mas ainda não existe nenhum suspeito.
“A gente sabe que esse é um crime chocante, mas a investigações estão no início. Estamos analisando câmeras de segurança que foram colhidas nas proximidades do local. Sabemos é um bairro humilde, por isso não é todo local que tem uma câmera e a gente vem fazendo essa análise, recolhemos vários pontos para tentar identificar o quanto antes esses autores do crime, mas não existe uma linha de investigação que está consolidada”, explicou Dutra.
O celular de Marley e de pessoas próximas a ela também estão sendo analisados. O delegado descartou o envolvimento dela com o tráfico de drogas e disse que os parentes não informaram que ela tinha dívidas ou desavenças.
Relembre o crime
Sobre a mensagem escrita com sangue na parede, o delegado afirma que o nome colocado nela pode ter sido uma forma de atrapalhar as investigações da polícia. Ele afirma que ainda não é possível dizer que uma pessoa com o mesmo nome esteja envolvida ou tenha motivado o crime.
Marley tinha 53 anos e a neta, Ana Carolina, 11.
Redes sociais/SAF Bom Pastor
Duas pessoas que tinham sido consideradas suspeitas, foram ouvidas um dia após os corpos serem encontrados e liberadas em seguida. Segundo Dutra, a polícia havia recebido uma denúncia dizendo que elas e Marley tinham desentendimentos familiares. Os nomes deles não foram divulgados.
“Nesses depoimentos, até para se livrar de uma situação de acusação, [as pessoas] acabaram colaborando com as investigações para que a gente possa descartar qualquer tipo de participação”, informou o delegado.
O delegado também informou que a perícia ainda não foi concluída, por isso não é possível saber qual das vítimas foi morta primeiro e como os ferimentos foram causados.
O delegado orienta que, caso a população tenha alguma informação, as denúncias podem ser feitas de forma anônima, por meio do telefone 181 ou do (43) 3258-2004.
A Polícia Civil (PC-PR) informou que a investigação está em sigilo para “garantir a coleta segura e eficaz de provas”.
LEIA TAMBÉM:
Assédio: Paciente é preso por assediar sexualmente uma médica enquanto era atendido em UPA do PR
Itaperuçu: Caminhão que tombou sobre carro era dirigido por mulher de 18 anos
Lotofácil: Bolão do Paraná ganha mais de R$ 2 milhões; veja cidade premiada
Vítimas foram encontradas com sinais de violência e com lenços amarrados no pescoço
Avó e neta são assassinadas em Jataizinho
Marley e Ana Carolina Almeida Anacleto, de 11, foram encontradas no quarto da casa. Elas estavam deitadas na cama com sinais de violência, tinham lenços amarrados no pescoço e foram cobertas por um edredom.
Quem encontrou as duas e acionou a polícia foi o filho de Marley, que tinha ido fazer uma visita.
Segundo a Polícia Militar (PM-PR), também havia um pedido de desculpas escrito com sangue na parede, ao lado dos corpos. Os policiais registraram no boletim que a mensagem tinha erros de ortografia:
“Deculpa mae (sic)”, dizia o recado.
Um nome também foi escrito no final do recado. A Polícia Científica realizou perícia no local e recolheu os corpos.
Ana e Marley em foto publicada nas redes sociais, em 2022.
Redes sociais
Sepultamento das vítimas
O sepultamento dos corpos de Marley e Ana Carolina ocorreu no Cemitério Municipal de Jataizinho, na segunda-feira.
Alunos e funcionários do colégio cívico-militar em que a jovem estudava prestaram continência às duas durante o cortejo.
“Ela era uma menina exemplo para a sala dela”, disse a diretora Simone Vieira, em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná.
A família optou por não se manifestar, até o momento.
Homenagem feita por amigos de Ana Carolina durante o sepultamento.
Reprodução/RPC
VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná
Veja mais notícias em g1 Norte e Noroeste.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.