Boeing evita processo civil por acidente da Ethiopian Airlines

(2020) Parentes e colegas dos tripulantes do voo 302 da Ethiopian Airlines lembram em Adis Abeba as vítimas da tragédiaEduardo Soteras

Eduardo Soteras

A fabricante Boeing fez acordos com os autores de uma ação civil pela queda de um 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines em março de 2019, e evitou um julgamento civil nos Estados Unidos, informou um advogado dos demandantes.

Um processo com júri popular estava marcado para começar nesta segunda-feira (7), em Chicago, para avaliar duas ações movidas por familiares das vítimas do acidente, que causou 157 mortes.

“Um acordo foi fechado na noite de ontem para ambos os processos”, informou à AFP o escritório de advocacia Clifford, que representa vários familiares.

“Nós nos comprometemos desde o início a compensar plena e justamente as famílias e aceitamos a responsabilidade legal de fazê-lo”, ressaltou a Boeing hoje. “Seguimos trabalhando para encontrar uma solução justa para os pedidos das famílias”, acrescentou a empresa.

Essa teria sido a primeira ação civil contra a Boeing em relação à catástrofe aérea. Um acordo extrajudicial pode ser alcançado a qualquer momento, mesmo durante o julgamento.

O acidente ocorreu em 10 de março de 2019, em um voo da Ethiopian Airlines que ia de Adis Abeba para Nairóbi. O avião caiu seis minutos após a decolagem, matando todos os 157 ocupantes.

Familiares de 155 vítimas processaram a Boeing entre abril de 2019 e março de 2021 por homicídio culposo e negligência. Em 27 de março deste ano, havia 18 processos em andamento, segundo uma fonte próxima do caso.

Desde então, foram resolvidos outros quatro processos, incluindo os dois concluídos ontem, segundo várias fontes. Para simplificar o procedimento, o juiz federal Jorge Alonso criou grupos de cinco ou seis ações e marcou uma data de julgamento para cada grupo. Se todas as demandas de um grupo chegarem a um acordo extrajudicial, o julgamento será cancelado.

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