Caso Vitória: Polícia investiga suspeito de ajudar Maicol

Maicol confessa ter assassinado Vitória ReginaReprodução

A Polícia Civil investiga se Cícero, funcionário de uma empresa de produtos de limpeza, teria ajudado Maicol Antonio Sales dos Santos a ocultar vestígios do assassinato da adolescente Vitória Regina Sousa, em Cajamar (SP). Cícero, que é amigo de Maicol nas redes sociais, chegou a ser levado à delegacia após uma briga com um terceiro envolvido, mas acabou liberado.

A ligação entre os dois acendeu o alerta dos investigadores, especialmente após descobrirem que Maicol pesquisou em seu celular como limpar cenas de crime. Ao sair da delegacia, Cícero relatou ter perdido o emprego e disse estar sendo tratado como suspeito. Apesar das suspeitas, ele ainda não foi formalmente indiciado. A informação foi confirmada pelo Portal iG.

Enquanto as investigações avançam, a Justiça de São Paulo decidiu prorrogar por mais 30 dias a prisão temporária de Maicol, que confessou ter matado Vitória. Indiciado por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, ele admitiu ter atraído a jovem para seu carro oferecendo carona e, depois de uma discussão, matado-a com golpes de faca.

De acordo com a versão apresentada por Maicol à polícia, a vítima teria reagido com tapas e arranhões antes de ser atingida. O indiciado afirmou que a adolescente morreu rapidamente e não chegou a gritar. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal aponta três perfurações no corpo de Vitória, enquanto Maicol disse ter desferido apenas dois golpes.

O crime ocorreu no fim de fevereiro, quando Vitória saiu do trabalho em um shopping da região. Ela pegou dois ônibus naquela noite e, pouco antes de desaparecer, enviou mensagens a uma amiga relatando estar com medo de estar sendo seguida. O corpo da jovem foi encontrado no dia 5 de março com ferimentos no tórax, pescoço e rosto. A autópsia não identificou sinais de violência sexual.

Investigações indicam ainda que Maicol vinha monitorando Vitória pelas redes sociais desde 2024. Segundo a polícia, ele teria decidido abordá-la depois de ver uma publicação em que a jovem mostrava que estava sozinha na rua.

Apesar de ter confessado o crime, a defesa de Maicol afirma que ele foi coagido a admitir a autoria e pretende pedir a anulação do interrogatório.

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