Após acusações de fraude, George Santos nomeia novo tesoureiro de campanha nos EUA

O deputado George Santos nomeou, neste sábado (20), um novo tesoureiro para seu comitê de campanha eleitoral nos Estados Unidos. A ação ocorre após processos e investigações de reguladores federais sobre a candidatura.

Antes de nomear Jason D. Boles para a função, o deputado americano nomeou a si mesmo para exercer a atividade, o que durou apenas um dia.

Há pouco mais de uma semana, promotores federais acusaram o republicano de Nova York de fraude eletrônica, obtenção fraudulenta de benefícios de desemprego por causa da Covid-19 e mentira sobre suas finanças pessoais. Ele nega qualquer irregularidade e se declara inocente.

Santos defendeu as mudanças dizendo que era para “garantir o cumprimento”. “Minha intenção é operar acima de qualquer reprovação”, disse ele no Twitter. “Continuaremos a construir nossa campanha em torno de profissionais com experiência no assunto”.

Este ano, Santos havia nomeado um novo tesoureiro identificado como Andrew Olson, mas os registros federais e estaduais não mostram ninguém com esse nome servindo como tesoureiro de nenhum outro comitê federal ou qualquer comitê político operando no estado de Nova York. O fato gerou dúvidas sobre a identidade real do tesoureiro.

Na época em que Olson foi adicionado como tesoureiro, o endereço associado a ele e à campanha de Santos era o de um apartamento de uso misto em um prédio comercial em Elmhurst, Nova York, onde a irmã do congressista residia até o início deste ano.

No início deste mês, o grupo de vigilância Cidadãos por Responsabilidade e Ética em Washington apresentou uma queixa à Comissão Eleitoral Federal questionando a existência de Olson e pedindo à agência que investigasse se a campanha violou potencialmente as leis de financiamento de campanha.

Em seus tweets, Santos disse que Olson havia renunciado na sexta-feira (19). Os comitês políticos não podem arrecadar ou gastar dinheiro sem um tesoureiro.

Em seu curto período em Washington, os arquivos de campanha de Santos enfrentaram intenso escrutínio. Eles variam de perguntas sobre dezenas de despesas de campanha listadas em US$ 199,99 – um centavo abaixo do limite para o qual as campanhas são obrigadas a reter os recibos.

Em 25 de janeiro, por exemplo, a campanha de Santos listou um consultor político de Wisconsin para substituir a tesoureira de longa data do congressista, Nancy Marks. Mas o advogado do consultor disse que a campanha foi feita sem sua autorização e que seu cliente recusou o trabalho.

Então, em 31 de janeiro, Marks informou que havia renunciado. Mais tarde naquele dia, a assinatura eletrônica de Olson apareceu pela primeira vez em um relatório do Santos.

O deputado argumentou no passado que os registros não eram de sua responsabilidade.

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