Agricultora da Comissão Pastoral da Terra é espancada e ameaçada de morte durante sequestro no Litoral Sul de Pernambuco


Crime aconteceu no município de Tamandaré e teria sido ‘encomendado’. Agente acompanha casos de violência no campo e conflitos agrários na região. Polícia Civil investiga o caso. A agricultora Edina foi abordada ao descer do ônibus escolar na noite de quarta-feira (19)
Rafael Carvalho/Divulgação
Uma agricultora e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), de 32 anos, foi agredida e ameaçada de morte durante sequestro, quando voltava da faculdade, na noite de quarta-feira (18). O caso aconteceu no município de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco. Um homem de 20 anos e outra mulher de 32 anos também foram vítimas da investida, mas logo foram liberados pelo criminoso.
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Em nota enviada ao g1, a Polícia Civil informou que a autoria do crime ainda não foi identificada e que o caso está em investigação.
De acordo com a Comissão da Pastoral da Terra, o crime teria sido “encomendado”. A agricultora sequestrada acompanha e presta apoio às comunidades vítimas de violência no campo e conflitos agrários na Zona da Mata Sul de Pernambuco – região marcada por conflitos de terra e violência.
A CPT informou que a vítima voltava da faculdade, no município de Palmares, na Mata Sul, para o município de Tamandaré, quando foi sequestrada. Ao descer do ônibus escolar, a mulher e outras duas pessoas foram abordadas por um homem armado e encapuzado, que roubou os celulares das vítimas e sequestrou a agricultora.
“O homem, com uma pistola em mãos, conduziu a agente pastoral por quilômetros de distância da comunidade, onde começou a espancá-la e praticar uma série de violências. Ela foi informada de que seria morta, momento em que entrou em luta corporal com o agressor para salvar a própria vida”, disse a CPT, por meio de nota.
A mulher conseguiu se soltar do agressor e fugir do local e, após caminhar por cerca de 10 quilômetros, chegou à comunidade mais próxima, onde foi socorrida pelos moradores. Com muitos hematomas, a agente da pastoral foi encaminhada a uma unidade de saúde.
“Durante as agressões, o criminoso repetiu várias vezes: ‘Quem me pagou, mandou lhe matar'”, diz o informe da Pastoral da Terra.
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