Com transbordo do Rio Acre, entenda qual a ordem de prioridade no resgate de famílias atingidas em Rio Branco


Segundo a Defesa Civil municipal, elevado número de solicitações pode gerar demora, mas garantiu que todos os chamados feitos no Disque 193 são registrados e atendidos. Defesa Civil ressalta que o transporte de famílias até os abrigos deve ser feito pelo órgão, após todas as etapas de resgate
Arquivo/Defesa Civil
Com o transbordamento do Rio Acre e o avanço da cheia sobre os bairros de Rio Branco, a Defesa Civil Municipal estabeleceu um sistema que prioriza o atendimento e resgate de famílias atingidas pela gravidade dos casos e o avanço da água. Até a última atualização do boletim, mais de 30 mil pessoas foram afetadas pela cheia na capital acreana.
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⚠️De acordo com o coordenador do órgão, coronel Cláudio Falcão, o elevado número de solicitações pode gerar demora no atendimento. Ele esclarece, porém, que todas as solicitações são registradas, mas, as equipes se deslocam primeiro a locais onde a água já invadiu residências.
🚨A presença de idosos ou pessoas com algum tipo de vulnerabilidade também é um dos critérios para prioridade no atendimento.
👥São 25 equipes operacionais disponíveis para fazer a retirada das famílias dos locais mais graves, e levar até o maior abrigo montado na capital, no Parque de Exposições Wildy Viana. Esse processo, segundo o coronel, leva cerca de duas horas, o que pode atrasar.
“Nós temos um sistema que indica as principais ruas mais graves e nós vamos priorizando. Então, às vezes, aquele chamado que a pessoa fez, que a água está chegando no quintal, está próximo da sua casa e ainda não adentrou a casa, nós temos outras situações que já adentraram. Então, a gente vai priorizar”, explicou.
⚠️A orientação é que os moradores não tentem se deslocar ao abrigo por conta própria. É necessário acionar as equipes pelo número 193 para que seja gerada uma ocorrência, e a partir daí a retirada seja feita pelo órgão.
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⚠️Contexto: A cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros. O manancial na capital está acima desta marca desde segunda-feira (10) e chegou a ter vazante na terça (11) e quarta (12). No entanto, ainda na noite de quarta, voltou a subir e segue neste ritmo a cada medição, que é feita a cada três horas.
Nesta terça (18), o boletim parcial da Defesa Civil aponta que são:
Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Pelo menos 169 famílias em abrigos, cerca de 544 pessoas;
Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
Falcão também ressalta que a ordem prioritária é uma ferramenta para atender as famílias que já estão com água dentro das residências, o que pode acarretar várias outras emergências, como incidentes com a rede elétrica e a perda de bens. Porém, segundo o coordenador, todos os chamados serão respondidos.
“Evidentemente, que aí sim, essas outras pessoas que geram a ocorrência e que não entram na prioridade, acabam demorando um pouquinho mais, mas todas serão atendidas. Evidentemente, aqui é a prefeitura de Rio Branco, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, nós temos inúmeras secretarias envolvidas para poder dar esse atendimento mais célere e mais rápido possível”, acrescenta.
Rio Acre sobe 11 centímetros e 100 famílias já estão no abrigo montado no Parque de Exposições
Pedro Devani
Parque de Exposições
As famílias desabrigadas começaram a ser levadas ao abrigo montado no Parque de Exposições Wildy Viana, nomeado como Parque Abrigo, no dia 14 de março, em Rio Branco.
Ao chegarem no Parque de Exposições, as famílias fazem um cadastro e são direcionadas ao espaço onde poderão se instalar. Elas recebem refeições produzidas por equipes da prefeitura no local.
Famílias começam a ser levadas ao abrigo no Parque de Exposições
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