Mecânico em Divinópolis se reinventa e faz da sucata a principal fonte de renda após crise na pandemia

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Com a queda na procura pelos serviços mecânicos em 2020, Claudionor Ferreira descobriu o dom do artesanato e o que seria só uma renda extra, hoje é a principal fonte de renda do artesão. Claudionor Ferreira de 51 anos era mecânico e se tornou artesão após crise financeira na pandemia
Claudionor Ferreira/Divulgação
A pandemia deixou de ser uma emergência global no dia 5 de maio deste ano, mas algumas pessoas estarão sempre marcadas pelo período que causou tantos prejuízos sociais e econômicos no Brasil. Em Divinópolis, um mecânico de 51 anos, que teve a profissão afetada pela pandemia, se reinventou diante da queda nos serviços na oficina.
Ao buscar alternativas para manter o sustento familiar em 2020, Claudionor Ferreira de Lima descobriu um talento até então desconhecido: o artesanato com sucatas, que começou para garantir uma renda extra e hoje é a principal fonte de renda dele.
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Artesanato com sucata – Divinópolis
Claudionor Ferreira/Divulgação
A habilidade manual sempre foi uma qualidade de Claudionor para descobrir desajustes e consertar carros, no entanto, a criatividade ele só descobriu quando começou a transformar sucata em objetos decorativos e utilitários. A primeira peça que ele fez foi um cabide de roupas, em seguida um suporte para flores e daí em diante ele não parou mais.
Com sucata comprada em ferros-velhos, já saíram das mãos dele peças como violões, tartarugas, câmeras, cadeiras, cães, onças e muitos outros. O sucesso na nova empreitada, assim como as peças, ganham forma a cada dia desde 2020, quando ele fez a primeira peça.
“Nunca imaginei na minha vida que algum dia ia mexer com artesanato. Foi diante da necessidade mesmo. A gente não pode deixar as obrigações de pai de família e, com a pandemia, diante das dificuldades do serviço que caiu muito, eu descobri esse dom que tem dado certo até hoje graças a Deus”.
Arte com sucatas são produzidas e vendidas em Divinópolis pela internet
Claudionor Ferreira/Divulgação
Como exemplo inspirador de superação e reinvenção em tempos difíceis, Claudionor fez do artesanato a principal fonte de renda, mas em situações esporádicas ele faz atendimentos como mecânico. “Não dispenso serviço. Quando aparece algum cliente que me liga eu atendo sim, mas o meu foco hoje, é o artesanato”.
“Em qualquer lugar que eu vá, qualquer pessoa que perguntar, eu sou artesão, com muito e muito orgulho. Sou apaixonado com o que eu faço”, enfatizou.
Com peças de decoração prontas para serem vendidas, ele usa a internet para comercialização e também trabalha com encomendas.
“Sempre conto com o apoio das minhas filhas para usar a internet. A minha família toda me apoia e isso é mais um combustível para continuar no ramo. Sobre as encomendas, qualquer uma peça que me pedirem vou me dedicar ao máximo e entregar o melhor trabalho possível”, finalizou Claudionor.
Pelas mãos do artesão saem peças decorativas para qualquer ambiente
Claudionor Ferreira/Divulgação
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